ViverDeBambu uma visão de oportunidades: O Bambu e Tecnologia nas Negociações Comerciais do Brasil

Por Luis Fernando De Carvalho
Assunto: Geopolítica
Título: ViverDeBambu uma visão de oportunidades: O Bambu e Tecnologia nas Negociações Comerciais do Brasil
Contexto:
Em uma análise da notícia onde fazemos uma possível relação com nossas propostas com relação ao bambu e a tecnologia
🇧🇷 O presidente em exercício e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, começou a semana intensificando as conversas com o setor produtivo a cerca das trocas comerciais do Brasil com EUA e União Europeia.
✍🏻 Em reunião com representantes da Comissão do Comércio Internacional (INTA) do Parlamento Europeu, nesta segunda-feira (21/7), Alckmin reforçou a expectativa de que a assinatura do Acordo Mercosul-União Europeia ocorra no final de 2025.
📈 Ao longo do dia, Alckmin deu seguimento à série de reuniões com o setor produtivo com o objetivo de reverter a tarifa de 50% imposta pelos EUA ao Brasil. No âmbito do Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais, Alckmin pediu apoio de representantes da Câmara Brasileira de Economia Digital (Câmara-e.net), que reúne representantes de Big Techs, como Meta, Google, Visa e Apple, no diálogo com seus parceiros nos Estados Unidos.
🤝 O presidente em exercício também se reuniu com representantes da Federação da Indústria do Rio Grande do Sul (Fiergs) e ressaltou o compromisso do governo com o diálogo para resolver a situação antes de 1º de agosto, data em que a tarifa de 50% começaria a valer. Na reunião, foi apresentado ao ministro um estudo do impacto na indústria gaúcha.
Fonte: 📸: Cadu Gomes/VPR
ViverDeBambu uma visão de oportunidades:
O Bambu e Tecnologia nas Negociações Comerciais do Brasil
A recente movimentação do ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, em intensificar as negociações comerciais com os EUA e a União Europeia abre portas estratégicas para o setor do bambu e tecnologias sustentáveis. O possível avanço do Acordo Mercosul-UE e a busca por soluções para as tarifas impostas pelos EUA podem ser catalisadores para inserir o bambu como um produto de alto valor agregado na pauta exportadora brasileira.
O acordo comercial pode facilitar a exportação de produtos à base de bambu com selos verdes, atendendo às exigências europeias de baixo carbono e economia circular.
2. Tarifas dos EUA e Oportunidade para Bioeconomia
A tarifa de 50% sobre exportações brasileiras para os EUA é um desafio, mas também uma oportunidade para reposicionar o Brasil como fornecedor de soluções sustentáveis. O bambu pode ser incluído em negociações setoriais, destacando-se como:
🔹 Alternativa ecológica a produtos madeireiros e plásticos;
🔹 Matéria-prima para inovações tecnológicas, como compósitos de alta resistência e nanocelulose.
A aproximação com Big Techs (Meta, Google, Apple) pode viabilizar parcerias em:
Pesquisa e desenvolvimento de novos materiais à base de bambu;
Certificação digital de cadeias sustentáveis (blockchain para rastreabilidade);
Incentivo a startups de bioeconomia.
3. Integração com a Indústria Gaúcha e Outros Estados
O estudo apresentado pela FIERGS sobre os impactos das tarifas abre uma oportunidade para que o país e o estado gaúcho abre uma opção de diversificação produtiva, especialmente no RS.
Com esta oportunidade uma proposta como o nosso ViverDeBambu, surge como um potencial inovador para um estado com tradição agrícola e onde há:
🌱 Áreas aptas para cultivo de bambu;
🏭 Polo moveleiro e têxtil que pode incorporar o material;
🔬 Centros de tecnologia que podem desenvolver aplicações inovadoras para uma cadeia longa de produção e valor do bambu.
- Ações Estratégicas para o Setor
✔ Incluir o bambu nas pautas de negociação comercial como produto estratégico da bioeconomia;
✔ Fomentar parcerias entre centros de pesquisas e empresas de tecnologia e incentivar produtores para o bambu para desenvolver soluções inovadoras;
✔ Criar políticas de incentivo à exportação de produtos sustentáveis à base de bambu.
Considerações relevantes
As negociações lideradas por Alckmin são uma janela de oportunidade para talvez posicionar o bambu como um produto de alto valor agregado e baixo impacto ambiental. Com uma abordagem estratégica, o Brasil pode transformar essa planta em um diferencial competitivo no mercado global, alinhando-se às demandas por sustentabilidade e inovação.
Comparativo e Estimativas:
Em uma estimativa dos possíveis uso desta matéria prima na balança econômica e no PIP nacional, traçando paralelos com os países que já estão com um desenvolvimento consolidado na utilização desta planta.
Potencial Econômico do Bambu no Brasil: Estimativas e Paralelos com Mercados Consolidadas
O bambu tem enorme potencial para impactar a balança comercial e o PIB brasileiro, especialmente se considerarmos os exemplos de países como China, Índia e Colômbia, onde esse recurso já movimenta bilhões de dólares.
1. Estimativa de Impacto na Balança Comercial
Atualmente, o mercado global de bambu movimenta cerca de US$ 60 bilhões/ano, com a China respondendo por mais de 70% desse valor. Se o Brasil estruturar sua cadeia produtiva, poderia capturar uma fatia relevante desse mercado, principalmente em:
Comparação com Países Líderes:
China: Exporta mais de US$ 2 bilhões/ano em produtos de bambu (tecidos, painéis, alimentos).
Índia: Tem um mercado interno de US$ 6 bilhões/ano, com forte uso na construção civil.
Colômbia: Exporta US$ 50 milhões/ano em móveis e artesanato, com crescimento de 15% ao ano.
2. Impacto no PIB Nacional
A cadeia do bambu pode contribuir significativamente para o PIB agroindustrial e de manufatura, especialmente se integrada a setores como:
🏗 Construção civil(substituição de aço e concreto em estruturas leves) – Potencial: R$ 2-5 bilhões/ano.
👗 Têxtil e moda sustentável(fibras de bambu como alternativa ao algodão) – Potencial: R$ 1-3 bilhões/ano.
📦 Embalagens biodegradáveis (substituição de plásticos) – Potencial: R$ 500 milhões-1 bilhão/ano.
Geração de Empregos:
Um modelo bem-sucedido poderia criar até 500 mil empregos diretos e indiretosem 10 anos, especialmente em regiões de baixo IDH, como Norte e Nordeste.
3. O Que Falta para o Brasil Alcançar Esse Potencial?
Políticas públicas para incentivo ao cultivo e industrialização (semelhantes ao Plano Nacional do Bambu da China).
Investimento em tecnologiapara processamento avançado (como na Índia, que desenvolveu máquinas de baixo custo para extração de fibras).
Inclusão em acordos comerciais (como o Mercosul-UE, para facilitar exportações).
Conclusão
Se o Brasil seguir o exemplo de países que já consolidaram o bambu em sua economia, pode transformar essa planta em um ativo estratégico, gerando bilhões em divisas e empregos verdes. Com políticas adequadas, em 10 anos, o país poderia se tornar um dos 5 maiores players globais nesse mercado.
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